Resumo selecionado para apresentação no IV CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO FUTEBOL e no VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE.
Como descrito abaixo, foram utilizadas como referência para elaboração do estudo as metodologias de treinamento empregadas na preparação de uma equipe de futebol profissional da 1° Divisão do Campeonato Gaúcho de 2011.
Em breve publicarei o artigo na integra! Aguardem!
EFEITOS DO TREINAMENTO DE FORÇA NA POTÊNCIA ANAERÓBIA ALÁTICA DE JOGADORES DE FUTEBOL PROFISSIONAL
Autores: Marcio Corrêa, Hodo Figueiredo, Marcelo Cardoso, Luiz Crescente, Osvaldo Siqueira.
ULBRA/LAFIMED - ESEF/LAPEX
Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
Introdução: Informações sobre o perfil, comportamento e efeitos de diferentes metodologias do treinamento sobre as variáveis neuromusculares e metabólicas, auxiliam a comissão técnica no planejamento e adequação das cargas de treino. A potência anaeróbia é uma variável importante para o desempenho no jogador de futebol, já que é verificada nas ações do jogo, como os deslocamentos de alta intensidade e curta duração.
Objetivos: O presente trabalho teve como objetivo geral verificar os efeitos de um período de 10 semanas de treinamento de força na potência anaeróbia de membros inferiores em futebolistas profissionais. E como objetivo específico descrever e comparar os resultados estratificados por posição (zagueiro = Z, meio campo = MC, laterais = L e atacantes = A).
Material e Métodos: Participaram do estudo 23 atletas de futebol profissional de um clube de Porto Alegre / RS que disputaram a primeira divisão do campeonato estadual no ano de 2011. Para avaliação da potência anaeróbia de membros interiores foi realizado o teste de saltos verticais, através da técnica do salto Counter Moviment Jump (CMJ) e Salto Livre (SL) utilizando o tapete de contato da marca JUMP TEST (Hidrofit). O período de treinamentos de força, foi realizado com 15 sessões destinadas aos estímulos ligados ao desenvolvimento de potência de membros inferiores, sendo 10 sessões realizadas com equipamento na academia do clube, caracterizadas por 3 séries de 8 repetições a 80% da carga máxima individual e 5 sessões de força especial no campo, com exercícios de meio agachamento associados a saltos, acelerações e situações de jogo. Durante este período de dez semanas foram realizadas três avaliações, no início, na quinta semana e outra no final da décima semana. Para verificar os efeitos do treinamento de força na potência anaeróbia adotamos o teste de ANOVA para medidas repetidas e nas comparações múltiplas o teste (Post-Hoc) de Bonferroni. Nas comparações por posições empregamos o teste da ANOVA One-Way, para as comparações múltiplas o teste (Post-Hoc) de Scheffé. O software utilizado será o SPSS V.18. O alfa adotado será de 0,05.
Resultados: (valores médios e desvio padrão)
Resultados: (valores médios e desvio padrão)
Posições | N | 1ª avaliação CMJ (cm) | 2ª avaliação CMJ (cm) | 3ª avaliação CMJ (cm) | 1ª avaliação SL (cm) | 2ª avaliação SL (cm) | 3ª avaliação SL (cm) |
Z | 5 | 43,30±2,80 | 43,06±3,05 | 48,22±4,67 | 50,30±6,35 | 50,82±4,89 | 54,47±5,75 |
MC | 7 | 40,75±3,42 | 41,50±2,78 | 45,78±1,81 | 47,52±4,60 | 47,50±5,23 | 54,64±1,51 |
L | 4 | 38,16±4,68 | 40,42±5,49 | 43,00±4,45 | 44,20±2,17 | 47,05±4,40 | 49,60±1,62 |
A | 7 | 45,27±2,67 | 45,58±4,27 | 48,86±6,08 | 52,60±5,14 | 52,55±3,83 | 56,24±4,80 |
Conclusão: Após 10 semanas de treinamento não encontramos diferenças significativas nos resultados quando comparados entre as posições. No entanto, quando comparados os valores médios para os saltos CMJ e SL em relação aos períodos avaliados, os resultados da terceira avaliação foram estatisticamente superiores aos valores médios das avaliações iniciais, demonstrando assim que esta proposta de treino de força promoveu alterações significativas no desempenho dos jogadores profissionais. Os resultados no SL foram maiores que no CMJ e podem ser explicados pela semelhança com a técnica de salto e exigências do jogo.
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